Início das aulas... Ansiedade, alegria, tensão,
choro, medo. O ambiente novo, espaços diferentes, muitas crianças, algumas
sorridentes, outras chorosas. A entrada na escola é o momento em que a criança
ingressa em um meio social mais amplo, desligando-se, durante parte do dia, do
ambiente familiar, onde viveu quase que exclusivamente até então. Defronta-se
com novas questões de sociabilidade e terá que se relacionar com seus
semelhantes – as outras crianças da turma e da escola – e com elas aprender a
conviver, dividir seus brinquedos e materiais, passar junto boa parte do tempo.
Essa novidade na vida da criança pequena
evidentemente requer um processo de adaptação e é também essa a palavra
utilizada para nomear os primeiros dias em que é recebida pela escola.
Nesse período, é imprescindível garantir um clima
de acolhimento, para que a criança tenha confiança e segurança ao enfrentar o
desafio de conviver em um novo espaço, com outros adultos e outras crianças que
não conhece, para que possa desfrutar adequadamente das novas experiências.
Para garantir esse clima, vale tudo: atividades com os familiares (convidados a
permanecerem na escola), brincadeiras para entrosar a todos, passeios pelas
dependências do prédio, uma rotina especial para o período, organizada com o
intuito principal de favorecer, de fato, a adaptação das crianças e a
constituição de vínculos afetivos que sirvam de suporte para o convívio escolar
futuro (...).
Convém observar atentamente para conhecer os
estilos e as diferentes maneiras de agir dos familiares, para, na medida do
possível, buscar uma aproximação. Quando eles sentem que a sua maneira de tratar
os filhos é compreendida e respeitada por todos que trabalham na escola, ficam
mais confiantes, e essa confiança também contribui, de forma indireta, para o
processo de adaptação.
Em geral, os familiares não sabem muito bem o que
fazer no momento da chegada, não sabem como fazer para se despedir, por vezes
saem precipitadamente ou às escondidas para que a criança não chore ou fique
inquieta e desorientada. Os familiares de crianças com deficiência e/ou com
necessidades educacionais específicas geralmente não sabem como agir e, por
insegurança, omitem informações ou sobrecarregam a escola com recomendações
excessivas ou desnecessárias. Nestas ocasiões, é fundamental a orientação dos
educadores quanto à maneira mais adequada de proceder (...).
Em
relação à Adaptação, é importante:
Para o professor
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Para a criança
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◦ Conhecer
bem cada criança da turma.
◦ Propiciar
um clima de acolhida no qual cada criança possa adquirir segurança em suas
próprias capacidades, para viver as novas experiências que se colocam.
◦ Conversar
com as famílias para obter informações que podem contribuir para a adaptação
da criança.
◦ Obter
maiores informações de profissionais especializados nos casos de crianças com
deficiência e/ou com necessidades educacionais específicas.
◦ Planejar,
executar e avaliar algumas atividades junto às crianças.
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◦ Sentir-se
acolhida.
◦ Saber
que tem alguém que a acompanha à escola nas primeiras semanas.
◦ Conhecer
a rotina da sua sala, seu professor, seus colegas e a rotina da sua escola.
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Referência Bibliográfica:
Texto
sobre Adaptação retirado da Proposta pedagógica para as escolas de
Educação Infantil do Município de Rio Branco.